Coluna do Celsinho
7 de junho de 2013
Não vai solitário o pensamento.
Sabe do bom companheiro, no lado esquerdo do peito.
Um apóia o outro.
Nas crises, nas confusões, o grande amigo bate firme, com cadência, lembrando que a vida não pode parar.
Empurra para frente, com a mesma energia que bombeia o sangue.
Às vezes, a situação inverte.
Aperta o coração...e como dói!
Atravessa o ritmo; contrai na tristeza.
Nesta hora, eis a luz do pensamento.
Irradia esperança, aponta novos rumos.
Há, porém, momentos reveladores.
São as ocasiões onde os dois que impulsionam esta máquina maravilhosa - o corpo humano - sentem o impacto de algo terrível, inesperado.
Aí, perdem as referências.
Beiram o desespero.
Não conseguem o equilíbrio.
Lutam, por si só, para voltar a paz original.
Não têm forças para a ajuda recíproca.
Nestes momentos, onde o limite é extrapolado, não raro um sopro sereno areja o pensamento.
Um calor confortante ampara o coração.
Um silêncio misterioso acalma as aflições.
Assim, pensamento e coração retomam a caminhada, renovados.
Avançam, com a certeza de que contam, nas horas mais difíceis, com uma energia muito especial.
Caridosa.
Inspiradora.
Motivadora.
Fonte permanente de sabedoria e amor.
Medo da Chuva
Raul Seixas