Celso de Almeida Jr.
Publicado no Blog Ubatuba Víbora
Coluna do Celsinho
9 de setembro de 2016
Conversando com a Prô Aninha e o Celso, pai, rememoramos a trajetória do Colégio Dominique.
É claro que não sai do pensamento cada degrau subido - e descido - nesta jornada que tanto esforço exigiu de nossa família.
Mas, naturalmente, às vésperas do 40º ano letivo, as lembranças afloram com muita intensidade.
Não foi fácil chegar até aqui.
Há, nesta bonita história, um monumental esforço coletivo de professores, funcionários, pais e alunos que integraram os quadros do colégio em algum momento destas quatro décadas.
Empreendedores brasileiros, em Ubatuba, não escapamos das dores de manter uma empresa por tanto tempo, sobrevivendo aos mais complexos desafios administrativos.
Como conseguimos?
Muito esforço, muito trabalho, muita perseverança e - claro - muito apoio e solidariedade de profissionais, familiares e amigos queridos.
Há, porém, algo mais.
Afinal, sabemos que as qualidades acima fizeram parte de muitas empresas que não conseguiram sobreviver.
Assistimos, com tristeza, o fechamento de diversos estabelecimentos das mais variadas áreas - incluindo escolas - nestes quase quarenta anos em que atuamos em Ubatuba.
Não estou discutindo aqui a prestação de serviços em si, já que, justiça seja feita, a maioria que cerrou as portas também oferecia muita qualidade.
Refletindo sobre qual diferencial nos ajudou - e ajuda - a avançar, consideramos vários fatores, chegando a uma avaliação que parece solucionar esta questão.
Qual?
A empresa sobreviveu graças - também - ao gigantesco amor que nutrimos pelo processo educativo e - simultaneamente - pelo total desprendimento de bens materiais.
Declinamos de várias conquistas pessoais e direcionamos tudo para a existência da escola.
Horas e horas de trabalho para esta grande causa que tanto nos sensibiliza.
A vida austera a que nos submetemos não deixou de gerar controvérsia e incompreensão.
Reações previsíveis, dado o padrão a que toda sociedade é submetida.
O fato é que - cientes de que a vida passa e dela nada levaremos - ficará neste caso um singelo exemplo de investimento particular em educação.
A recompensa?
Ora, ela vem todos os dias, em doses homeopáticas.
Ontem mesmo, parado no semáforo, ouço um grito da esquina:
"Celso!!! Um aluno de vocês agora é Mestre!!!"
Era um papai, cujos filhos estudaram com a gente há algum tempo, compartilhando com orgulho a boa nova.
Sorri e acenei, muito feliz, realizado!!
Sorri e acenei, muito feliz, realizado!!
Abriu o farol; segui em frente.
Rumo aos 40 anos...
Tocando em frente
Almir Sater/Renato Teixeira