Celso de Almeida Jr.
Publicado no Blog Ubatuba Víbora
Coluna do Celsinho
30 de outubro de 2015
Atendendo a um pedido do ex-aluno Gustavo Medina Venâncio (Formando da Turma de 1996 - Colégio Dominique), eis uma breve história da frotinha de ônibus que fez sucesso com nossos alunos, na década de 90.
Tudo começou com o Expressinho Dominique.
Com ele, fizemos passeios ao Planetário; Playcenter; Museus, além das atividades locais.
Nossa fanfarra ensaiava no Terminal Turístico do Perequê-Açu.
Os instrumentos e nossos músicos mirins iam de Expressinho...
Também tinham as Oficinas de Eletricidade no Rancho do Pica-Pau, na Casanga...
Expressinho em ação!
Numa de nossas Feiras de Ciências, o Expressinho ia buscar alunos das escolas públicas para assistir aos trabalhos de nossa garotada.
Tentativa prática de estimular a integração da rede pública com a particular.
Adquirimos, em seguida, um micro-ônibus para agilizar as atividades externas com apenas uma classe.
Era o Papaléguas!!!
Vale lembrar que estes dois veículos foram comprados usados, baratinhos - eram bem velhinhos - e, na sequência, totalmente restaurados pelo Celsão.
Mecânico dos bons, caprichoso e dedicado aos assuntos do Colégio Dominique, o Celso Pai garantiu a alegria da garotada com suas máquinas incrementadas.
Mas, tanto o Expressinho como o Papaléguas eram muito antigos e, para viagens mais distantes, decidimos adquirir um ônibus rodoviário mais novo.
Um leasing garantiu a aquisição do Expressão.
Para concretizar o negócio, garantindo o pagamento das prestações sem aumentar as mensalidades escolares, fizemos um convênio com a Associação dos Estudantes Universitários de Ubatuba que viabilizava o repasse de um pagamento mensal (com recursos exclusivamente dos estudantes - não públicos).
O contrato permitia à associação utilizar a estrutura da escola, incluindo o ônibus, que passou a levar os estudantes à faculdade em Caraguatatuba.
Quando isso ocorreu, uma reação desproporcional da prefeitura da época proibiu a circulação do Expressão.
Coisas da política...
O município pagava um outro ônibus de uma empresa de transportes para levar um segundo grupo de universitários (neste caso, através de repasse à associação - com recursos públicos, portanto).
Até derrubarmos na Justiça aquela decisão arbitrária, ficamos impossibilitados de cumprir o convênio e gerar recursos, o que nos obrigou a vender o Expressão.
Com este episódio, decidimos que seria melhor deixar o projeto da frotinha para o futuro, na esperança de que mais gente compreendesse melhor as nossas intenções.
Precisariam acreditar que não aspirávamos montar uma "empresa de transporte", mas viabilizar, sem onerar as mensalidades escolares, as atividades lúdicas e educativas "extra-muros", com independência e gestão própria.
Os alunos que viveram aquela experiência certamente guardam as melhores lembranças.
Nesse sentido, é legítimo garantir boas recordações no amanhã das presentes gerações.
Pensando assim, pode acreditar: em algum dia, uma frotinha bem animada voltará a rodar por aí...
Why Can't We Be Friends?
Do filme Ponte para Terabítia
War