4.7.12

Confidencial

Celso de Almeida Jr.




Publicado no Blog Ubatuba Víbora 
Coluna do Celsinho 
28 de agosto de 2009

Peço um favor.
Não conte para ninguém.
Alguns assuntos não devem sair do bastidor.
Poucos compreenderiam.
Além do mais, há o risco de nos acusarem de muitas coisas.
Sabe como é...
Personalidades feridas podem revelar os instintos mais selvagens.
Escaldado, sei que a fúria política é avassaladora.
Não poupa currículos, famílias, negócios.
Tudo indica não ser o caso, mas, na dúvida, conto com a sua discrição.
Vamos lá...
Uma grande incógnita paira sobre a minha cabeça.
O que acontece com o nosso prefeito?
Eu, às vezes, assisto a participação dele nas reuniões do Codivap.
Comporta-se bem, tem postura e destaca-se de seus colegas positivamente.
Isso é bom para a nossa cidade.
Contribui para a imagem de Ubatuba.
Mas, por aqui, nem tudo vai bem.
O prefeito Eduardo tem perdido muitas chances para se firmar como uma liderança que impulsione com maior rapidez o nosso desenvolvimento.
Desperdiça oportunidades extraordinárias de dialogar com professores, funcionários, associações, lideranças, imprensa, transferindo essa responsabilidade para terceiros.
E, quando assume o comando, tende a praticar uma ação de varejo, nos moldes da velha política.
Não consegue fazer valer o seu discurso de campanha.
Parece saber o que está errado, mas falta força para agir.
O que impede ao nosso prefeito romper com estas amarras?
Insisto que está blindado.
Não sei quem o está blindando.
E pior do que isso.
Não creio que a leitura política de seus colaboradores mais íntimos o esteja fortalecendo.
Sem questionar competências, o que não compreendo é como um jovem prefeito, com ideias interessantes e bons relacionamentos, não consegue virar a mesa, rompendo definitivamente com práticas que tiram o brilho de seu currículo.
Eduardo deve capitanear o nosso desenvolvimento apostando todas as fichas na profissionalização do serviço público.
Ouvir outras vozes também é boa opção.
Com desprendimento; sem desconfianças; sem barreiras; aplicando a máxima conhecida:
“Os espíritos são como paraquedas. Só funcionam quando abertos.” 
Pensando bem, anônimo leitor, devemos soprar esse sentimento nos ouvidos dele.
Afinal, assim como o super-homem, cidadão de verdade não pode ter medo.


Ouro de Tolo
Raul Seixas
Maurício Baia