Celso de Almeida Jr.
Publicado no blog Ubatuba Víbora
Coluna da Sexta-Feira
28 de Novembro de 2008
Preciso esclarecer ao leitor desavisado. Participo, na medida do possível, de movimentos políticos da cidade. Não tenho vocação para ser candidato, mas sempre tomo partido. Não sou do tipo que prefere o muro.
Nessa eleição, apoiei o atual prefeito. Participei da primeira etapa de sua campanha. Considero-me, portanto, integrante de sua base eleitoral.
Pronto!
Eis as explicações necessárias para aqueles que não me conhecem.
Ter apoiado o prefeito, é claro, não significa concordar com todas as ações da prefeitura.
Tenho insistido, e muito, para que o município estimule a profissionalização de seu quadro de funcionários e que observe as vozes oposicionistas.
Escrevo com a segurança de quem conhece boa parte da classe política da cidade. Temos muitos cidadãos sérios e bem intencionados que não integram a base aliada de Eduardo César. Estes merecem todo o respeito por discordar, por apontar sugestões inovadoras e, também, por criticar.
A crítica é salutar e abre os olhos.
A crítica representa o exercício da democracia e, na maioria das vezes, traz a tona questões que circulam por terrenos movediços.
Um recente exemplo foi a dúvida em relação a segurança da urna eletrônica, tendo em vista diversas reclamações de eleitores que constataram falhas no instante da confirmação do voto. Considerei saudável o questionamento oposicionista. Afinal, por que devemos confiar cegamente num sistema que ainda não permite uma conferência mais transparente? É ou não é prudente lembrar que vivemos no Brasil, um país das mais absurdas mazelas políticas, financeiras, sociais? Assim, por que temos que acreditar que a urna eletrônica não dá margem a algum tipo de falcatrua?
Pois é...
As últimas notícias revelam que, em diversas partes do país, há fortes indícios de manipulação de resultados, mostrando que o sistema tem fragilidade, conforme apontam laudos técnicos de peritos respeitados.
Por essas e por outras, concluímos que a crítica local não representou absurdo algum. Mais do que o direito ao esperneio, os vencidos querem apenas uma confirmação segura de que perderam e por quanto perderam.
Estão lutando por um direito. Merecem aplausos pela garra.
Quanto aos vencedores, políticos e eleitores, é razoável que apóiem questionamentos dessa natureza, exigindo uma análise técnica rigorosa das urnas eletrônicas utilizadas em nossa cidade.
Confirmada a idoneidade do processo, todos ganham.
Em não se confirmando, ganharíamos também, pela coragem de enfrentar o problema, identificar os responsáveis, corrigir erros e aperfeiçoar o processo eleitoral.
I started a joke
Bee Gees